MENSAGEM
DA ORGANIZAÇÃO PARA A DEFESA E DESENVOLVIMENTO DAS ZONAS HÚMIDAS
Por
Ocasião da Celebração do Dia Mundial das Aves Migradoras
(12 de maio
de 2017)
Lema “O
Futuro das Aves Migradoras é o nosso Futuro”
Todos
os anos, milhões de aves migradoras migram da Europa para a África todos anos,
atravessando continentes e países. Na sua trajetória migratória para os locais
onde vão passar o Inverno, elas dependem dos habitats naturais de numerosos
países por onde passam. A conservação do conjunto desses habitats é essencial,
não apenas para essas aves, assim como, para a própria humanidade. Daí o tema escolhido
neste ano para celebrar a jornada mundial das aves migradoras: “O Futuro das
Aves Migradoras é o nosso Futuro”.
Para aumentar a consciência
e os conhecimentos dos decisores políticos e do público em geral em relação as
questões ambientais e proteção dos ecossistemas, as Nações Unidas, instituíram
datas para a celebração de diferentes efemérides ligados ao ambiente. O Dia
Mundial das Aves Migradoras é celebrado a 12 de Maio na Guiné-Bissau no âmbito
da Jornada Tambur de Alerta que decorre de 12 de maio a 8 de junho de
2017. Esta jornada abrangerá as celebrações do Dia Internacional da Diversidade
Biológica a 22 de maio, do Dia Internacional do Ambiente a 5 de junho e do Dia
Mundial dos Oceanos a 8 de Junho.
As Convenções ambientais são
obrigações internacionais com objetivos concretos que visam a integração da
proteção ambiental e a gestão dos recursos naturais na estratégia do desenvolvimento
socioeconómico das partes contratantes.
Um planeta saudável para as
aves migradoras e pessoas, destaca a interdependência entre as pessoas e a
natureza e, especialmente, pessoas e animais migradores - especialmente aves,
pois partilham o mesmo planeta e, portanto, os mesmos recursos limitados.
Existem padrões diferentes
de migração. A maioria das aves migra das áreas de reprodução no Norte para as
áreas de invernada no Sul. A migração é uma viagem perigosa e expõe os animais
a ampla gama de ameaças, muitas vezes, causadas por atividades humanas. Como
aves migratórias dependem de uma variedade de locais em todo o seu percurso ao
longo de seu caminho de migração, a perda de locais de invernada e de escala
poderia ter um impacto dramático sobre chances de sobrevivência dos animais.
Por isso, as aves migradoras precisam de proteção ao longo de suas rotas
migratórias.
A Guiné-Bissau no geral é o
país de invernada, dados apontam que só o Arquipélago dos Bijagós recebe cerca
de 1.000.000 de aves migradoras provenientes da Europa e do Ártico todos os
anos.
As longas distâncias percorridas
em voo, muitas fronteiras têm que ser atravessadas entre os países com
políticas ambientais diferentes, legislações e medidas de conservação
diferentes. Por isso, a cooperação internacional entre governos, ONGs e outras
partes interessadas é necessária em todas as vias de migração de uma espécie
para que o conhecimento possa ser partilhado para uma eficaz coordenação de
esforços de conservação.
O quadro jurídico e de
coordenação dos instrumentos necessários para tal cooperação, é assegurada por
acordos ambientais multilaterais, como a Convenção sobre Espécies Migratórias
(CMS) e do Acordo sobre as Aves Aquáticas da Africa-Eurásia ( AEWA).
No Dia Mundial das Aves
Migradoras, reconhecemos que o futuro das aves migratórias é o nosso futuro. Ao
conservar e usar nossos recursos naturais de forma sustentável, não só ajudamos
essas criaturas maravilhosas em suas viagens espetaculares, como também
contribuímos para o nosso próprio bem-estar.
Neste
quadro,
O Ministério do Ambiente, através do Instituto da Biodiversidade e das Áreas
Protegidas (IBAP) e do Gabinete de Planificação Costeira (GPC), Ministério do
Turismo, a Rede Nacional dos Parlamentares para o Ambiente e Desenvolvimento Durável
(RENPAD), a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN, a
Organização para a Defesa e o Desenvolvimento das Zonas Húmidas (ODZH) e a
Monte, realizam a Jornada do Ambiente,
Biodiversidade e Oceanos, de 12 de maio à 08 de junho do ano em curso, com
diversas atividades, na qual a sensibilização ambiental no seio dos decisores políticos,
jovens e do público em geral constitui um veículo fundamental de disseminação
da causa da conservação e valorização ambiental.
Muito obrigado.
Meio Dia Sepa Maria Ié Có
Secretário Executivo da ODZH